03 abril, 2014

Como hits são decodificados em usuários e sessões?

Google Analytics utiliza um modelo de dados baseado em 3 componentes principais: usuários, sessões e interações para organizar os dados exibidos em seus relatórios. Esses componentes são gerados a partir de hits, que o código de rastreamento envia ao Google Analytics.

Usuários e sessões são fatores de extrema importância dentro do modelo de organização dos dados no Google Analytics, já que todos os relatórios gerados dependem disso para exibir dados.

Como hits são decodificados em usuários?

Identificação de visitante único
Fig. 01 – Identificação de
visitante único
A primeira vez que um equipamento digital carrega o conteúdo de uma página na web que possui o código de rastreamento do GA, um hit (pacote de dados) é automaticamente criado e identificado com um número dinâmico (random), anônimo e único (ID). Esse hit devidamente identificado com um ID único é então enviado aos servidores do Google Analytics.

Hit e ID no Google Analytics
Fig. 02 – Hit e ID no
Google Analytics
Por meio desse ID, os servidores do Google podem identificar o usuário e o equipamento digital utilizado por ele. No Google Analytics, cada número de identificação (ID) corresponde a um usuário único (também chamado de visitante único).

Sempre que um novo ID é detectado em um hit, o Google Analytics registra esse número como sendo um novo usuário. Quando o Google Analytics detecta em um hit um ID já existente, este é registrado como um usuário recorrente.

  • Novo ID = novo usuário

  • ID já existente = usuário recorrente
O que ocorre quando o usuário deleta cookies?
Fig. 03 – O que ocorre quando o
usuário deleta cookies?

Entretanto, é possível que esse ID seja apagado pelo usuário ou retorne às configurações originais (reset). Isso acontece se o usuário apaga os cookies de seu browser ou desinstala e depois reinstala um aplicativo móvel, por exemplo.

Nesses casos, na próxima vez que esse usuário acessar seu site, o Google Analytics o identificará como um novo usuário, já que ele receberá automaticamente um novo ID, diferente do que ele possuía anteriormente. Dessa forma, um usuário recorrente acaba sendo registrado como novo usuário.

Por padrão (default), esse ID criado automaticamente pelo Google Analytics serve para identificar o usuário, mas também o equipamento digital que ele utilizou. Você também pode modificar a maneira como o GA cria e assina esses IDs, conforme suas necessidades.

ID e cross-device no Google Analytics
Fig. 04 – ID e cross-device no Google Analytics

Ao invés de utilizar um número dinâmico (random) criado pelo Google Analytics, você pode definir que esse número seja substituído por um outro, definido por você. Esse artifício permite que você identifique usuários que navegam pelo seu website utilizando diferentes tipos de equipamentos digitais (desktop, tablet, smartphone etc).


Atribuindo um ID personalizado aos seus visitantes
Fig. 05 – Atribuindo um ID personalizado aos seus visitantes

Como hits são decodificados em sessões?

Uma sessão no Google Analytics corresponde a um conjunto de interações do usário com o website em um determinado intervalo de tempo. Essas interações (que podem ocorrer sob a forma de pageviews, eventos ou transações) também são capturadas e registradas pelos hits.

Sessão é justamente esse intervalo de tempo no qual as interações entre usuário e website acontecem. Por padrão (default), uma sessão corresponde ao intervalo de 30 minutos.

Um único usuário pode possuir várias sessões. Essas sessões podem ocorrer ao longo de um mesmo dia ou ao longo de vários dias, semanas ou meses. Assim que uma sessão termina, há a possibilidade de iniciar uma nova sessão.

Entenda como funcionam as sessões no Google Analytics
Fig. 06 – Entenda como funcionam as sessões no Google Analytics

Quando uma sessão começa?

Uma nova sessão começa sempre que o Google Analytics detecta um novo hit de um usuário, seja sob a forma de pageview, um novo evento ou uma nova transação de comércio eletrônico.

Quando um usuário acessa o seu website, um hit é registrado, identificado com um ID único e enviado aos servidores do Google Analytics. Caso ele abra uma nova página dentro do mesmo website, um novo hit será registrado e processado como parte da mesma sessão, que se iniciou com o hit anterior.

Quando um novo usuário acessa o seu website pela primeira vez, uma sessão será iniciada automaticamente e ele será identificado como um novo usuário em seus relatórios do GA. Quando esse usuário retornar ao seu website, uma outra sessão será iniciada automaticamente e ele será identificado como um usuário recorrente.

Tempo limite de uma sessão no Google Analytics
Fig. 07 – Tempo limite de uma
sessão no Google Analytics
Quando uma sessão termina?

O tempo de expiração de uma sessão, também conhecido como timeout length, pode ser ocasionado devido a várias situações.

Uma sessão se encerra:

  • após 30 minutos sem atividade no website (mesmo que o usuário não tenha deixado o seu website) – pois o GA deixa de receber hits.

    Ex: o usuário sai para almoçar e deixa o seu website aberto na tela do computador por 1 hora.
  • no final do dia, à meia-noite – padrão definido pelo GA.
  • quando o usuário completa uma transação ou ação definida como evento.
  • se houver qualquer modificação relacionada à origem pela qual o usuário acessou o seu website.

    Essas modificações pode estar relacionadas a:
    • alteração do link utilizado para acessar o website
      (definida pelo cookie utm_source)
    • alteração da mídia utilizada para acessar o website
      (definida pelo cookie utm_medium)
    • alteração do nome da campanha utilizada para acessar o website
      (definida pelo cookie utm_campaign)
    • alteração do termo da campanha utilizada para acessar o website
      (definida pelo cookie utm_term)
    • alteração do conteúdo da campanha utilizada para acessar o website
      (definida pelo cookie utm_content)
    • alteração na identificação da campanha utilizada para acessar o website, ou seja, ID
      (definida pelo cookie utm_id)
    • alteração do browser utilizado para acessar o website
    • alteração do tipo de campanha do AdWords utilizada para acessar o website
      (definida pelo cookie gclid)

      Ex: O usário acessou o seu website através do Chrome, saiu e retornar através do Internet Explorer.

Quando uma nova sessão se inicia no GA?
Fig. 08 – Quando uma nova
sessão se inicia no GA?

Após qualquer uma das situações descritas acima, uma nova sessão se iniciará automaticamente quando o usuário retornar ao seu website.





Atenção
Os dados de cada sessão são registrados de forma independente, ou seja, não se misturam com os dados de uma outra sessão.

O tempo de duração padrão (default) de uma sessão é de 30 minutos, adequado à maioria dos websites e aplicativos móveis. Entretanto, o tempo de duração da sessão pode ser alterado em qualquer momento para melhor se adequar aos objetivos do seu negócio.

O tempo de duração da sessão pode variar entre:

  • Mínimo = 01 minuto
  • Máximo = 04 horas

Como configurar o tempo de uma sessão no GA?
Fig. 09 – Como configurar o tempo de uma sessão no GA?

Alteração no tempo de duração da sessão pode fazer sentido se os usuários do seu website passam a ser considerado inativos ao assistirem um vídeo com duração maior do que 30 minutos, por exemplo.

 

24 março, 2014

Visão geral sobre o processamento e a configuração de dados no GA

Processamento de dados no GA
Fig. 1 – Processamento de dados no GA

Processamento e configuração são dois componentes que trabalham juntos para organizar e transformar os dados coletados nas informações visíveis nos relatórios do Google Analytics.

 

Durante o processamento, ocorrem 4 transformações fundamentais sobre os dados coletados. É possível controlar parte dessas transformações utilizando as configurações de suas Propriedades de Perfis.

 

Transformações ocorridas durante o processamento de dados no GA

Fatores que influenciam o processamento de dados no GA
Fig. 02. – Fatores que influenciam o processamento de dados no GA

  1. O Google Analytics organiza os hits coletados em usuários e sessões.

    Há uma série de regras padrões utilizadas pelo Google Analytics para diferenciar usuários e sessões, mas você pode alterar algumas delas ao acessar as configurações disponíveis no módulo de administração do Google Analytics.

  2. Informações provenientes de outras origens de dados podem ser agregadas aos dados coletados pelo código de rastreamento do Google Analytics, como dados provenientes do Google AdWords, Google AdSense ou Google Webmaster Tools.

    É possível configurar o GA para importar dados de outros sistemas que não pertencem ao Google, ou seja, informações provenientes de outros websites (também conhecidos como third-party data) podem ser importadas aos dados do GA.

  3. O processamento de dados irá modificar os dados de acordo com qualquer regra de configuração adicional que você tenha definido, como a aplicação de filtros para incluir e/ou excluir determinadas informações ou alterar formatos de exibição de dados, por exemplo.

  4. Os dados passam por um processo chamado aggregation, no qual os dados são prepadados para serem exibidos em diferentes relatórios. Assim, o Google Analytics organiza e salva os dados em banco de dados, que permitirão que os dados sejam rapidamente acessados para gerar visualizações de relatórios padrões ou customizados no GA.

 

Compreendeer a maneira como os dados são processados e configurados lhe permite acompanhar e controlar melhor o que ocorre durante o processamento, contribuindo para uma melhor interpretação e administração de dados em seus relatórios GA.

 

18 março, 2014

Protocolo de mensuração sobre a coleta de dados

A coleta de dados para websites é feita por meio de um código em JavaScript, a coleta de dados para aplicativos móveis é feita por meio da tecnologia SDK, mas como ocorre a coleta de dados em outros tipos de equipamentos digitais?

 

Protocolo de mensuração
Fig. 01 – Protocolo de mensuração

Para mensurar dados provenientes de um ponto de venda ou atividades dos usuários em um quiosque ou terminal de caixa eletrônico bancário, por exemplo, você precisará utilizar um protocolo de mensuração para enviar dados de qualquer equipamento digital conectado à web para o Google Analytics.

 

Considerando a coleta de dados em websites e aplicativos móveis, o código de rastreamento cria hits automaticamente e os envia ao Google Analytics. Porém, em outros equipamentos digitais, você deve criar os hits manualmente para poder coletar os dados. O protocolo de mensuração de coleta de dados define como construir esses hits e como envia-los ao Google Analytics.

Hits nos protocolos de mensuração do Google Analytics
Fig. 02 – Hits nos protocolos de mensuração do Google Analytics

 

Para coletar dados dos usuários em um terminal de caixa eletrônico bancário, por exemplo, vamos definir que um hit seja criado toda vez que um usuário visualizar uma tela do terminal. Haverá um parâmetro no hit para identificar a resolução da tela.

Parâmentros nos hits do Google Analytics
Fig. 03 – Parâmentros nos hits do Google Analytics

 

Esse parâmetro específico corresponderá à dimensão "resolução de tela" no relatório do Google Analytics que segue abaixo:

 

Público Alvo Tecnologia > Navegador e sistema operacional > Resolução de tela.

 

Assim como o código de rastreamente em JavaScript e em SDK, que inclui um número de identificação da conta do GA (UA-XXXXXX-X) em cada hit, você também deve adicionar um número de identificação UA-XXXXXXXX-X em cada hit enviado ao Google Analytics por meio de um protocolo de mensuração.

Código de identificação nos hits do GA
Fig. 04 – Código de identificação nos hits do Google Analytics

 

Isso garantirá que a informação coletada seja exibida na conta Google Analytics e na Propriedade especificada por você.

 

Quais parâmetros podem (e devem) ser incluídos nos hits?

Todos os parâmetros que você pode incluir nos hits são explicados na documentação de Desenvolvedores do Google Analytics: developers.google.com/analytics.

 

17 março, 2014

Coleta de dados para aplicativos móveis

Tecnologia SDK
Fig. 01 – Tecnologia SDK

Com o Google Analytics, você também pode coletar e analisar dados para seus aplicativos móveis. Entretanto, a tecnologia utilizada para aplicativos móveis é diferente da utilizada em websites. Neste caso, ao invés de utilizar um código de rastreamento baseado em JavaScript, Google Analytics utiliza um SDK – Kit de Desenvolvimento de Software. Há SDKs diferentes para cada sistema operacional, incluindo Android e iOS.

 

SDK coleta informações sobre o usuário, as páginas acessadas por eles, o tipo de aparelho móvel utilizado e com que frequência o usuário acessa a app. Esses dados são armazenados e reúnidos sob a forma de hits e enviados para sua conta do GA.

Dispatching
Fig. 02 – Dispatching

 

Entretanto, diferente do código de rastreamento em JavaScript (para websites), os dados provenientes de aplicativos móveis são armazenados localmente, no dipositivo móvel em que os hits foram gerados e depois os envia para sua conta do Google Analytics. Esse processo de "despachamento de dados" é conhecido como dispatching.

 

A coleta de dados em aplicativos móveis utiliza dispatching por 2 motivos:

  1. Aplicativos móveis podem perder seu sinal de conectividade com a internet. Assim, quando o equipamente está disconectado da web, o SDK não pode enviar qualquer informações de hit ao Google Analytics.

  2. Enviar dados ao Google Analytics em tempo real pode reduzir o tempo de vida da bateria do equipamento. Por isso, o SDK despacha hits automaticamente da seguinte forma:

      Android X iOS
      Fig. 03 – Android X iOS
    • Equipamentos Android: despacho de hits a cada 30 minutos

    • Equipamentos iOS: despacho de hits a cada 02 minutos

 

 

Você pode modificar essa janela de tempo no seu código de rastreamento para controlar o impacto na vida útil da bateria do equipamento.

 

Funções importantes do SDK: Diferenciação de usuários

User ID
Fig. 04 – User ID

Quando um aplicativo é acessado pela primeira vez, o Google Analytics SDK gera um marcador anônimo único para que identifica o equipamento, semelhante ao método utilizado pelo código de rastreamento de websites. Cada marcador anônimo corresponde a um único usuário no Google Analytics.

 

Se o aplicativo sofrer um update para uma nova versão, o identificador presente no equipamento permanece o mesmo.

Novo ID do usuário
Fig. 05 – Novo ID do usuário
Entretanto, se um aplicativo for desinstalado, o marcador do Google Analytics SDK também será eliminado.

 

Caso o aplicativo seja reinstalado, um novo marcador anônimo único será criado para identificar esse equipamento.
O resultado é que esse usuário será identificado como um novo visitante, ao invés de uma visitante que está retornando ao aplicativo. Apesar disso, nenhum outro impacto será observado em seus relatórios do Google Analytics.

 

A tecnologia SDK oferece um caminho relativamente simples para rastrear as atividades do usuário em um aplicativo móvel, coletanto a maioria das informações que você precisa obter sem a necessidade de qualquer configuração adicional. Claro que há diversas opções de modificar o código de rastreamento, a fim de coletar informações personalizadas sobre os seus usuários, suas sessões e interações com aplicativos móveis.

 

15 março, 2014

Coleta de dados para websites

Google Analytics utiliza diferentes tecnologias para rastrear e mensurar o comportamento dos usuários. No caso dos websites, Google Analytics fornece um código de rastreamento padrão em JavaScript. Esse código faz referência a uma biblioteca JavaScript analytics.js, que controla quais dados serão coletados.

Analytics.js
Fig. 01 – Analytics.js

 

Para que o rastreamento seja efetuado, basta inserir o código de acompanhamento do Google antes da Tag </head> no código HTML de todas as páginas de seu website, que você deseja rastrear. Esse código JavaScript gera um hit de pageview toda vez que a página é carregada por um usuário.

 

Recomendações importantes (best practices):

  • Inserir o código de rastreamento do Google em todas as páginas do seu website.

Caso o código de rastreamento do Google não esteja presente em todas as páginas de seu website, você não estará hábil a obter uma visão ampla sobre todas as interações entre usuários e website ocorridas dentro de uma sessão.

  • Posicionar o código de acompanhamento do Google antes da Tag no código HTML.

É recomendado posicionar o código de acompanhamento do Google antes da Tag </head> no código HTML, pois isso permite a execução do código de rastreamento mesmo que o usuário navegue para outras páginas, antes do carregamento completo da página acessada.

Inserindo o GATC no código HTML
Fig. 02 – Inserindo o GATC no código HTML

 

Detalhes sobre a execução do código de rastreamento

Quando um usuário acessa o seu website, o browser começa a processar o código HTML da página. Esse processamento começa pelo cabeçalho e segue até o footer (rodapé) da página. No momento em que o processamento atinge o código de acompanhamento do Google, o rastreamento será ativado, enviando informações sobre o usuário para os servidores do Google. Esse envio ocorre de forma assíncrona, ou seja, de forma paralela, independente e em segundo plano, sem interferir na velocidade de carregamento dos demais elementos da página.

 

Quando o código de rastreamento do Google é processado, ele cria automaticamente um identificador que permite distinguir cada usuário, marcando-os de forma única e anônima, por meio de cookies.

Cookies no Google Analytics
Fig. 03 – Cookies no Google Analytics

 

Por padrão (default), o Google Analytics utiliza apenas first-party cookies, ou seja, somente website ou domínio que implementou o cookie pode reacessa-lo e interpeta-lo. Assim, somente o Google Analytics pode acessar, ler e interpretar os cookies (identificadores) criados por ele.

 

First-Party cookies é uma medida de segurança presente em todos os browsers, mas você também pode criar e implementar a sua própria estratégia para cookie, a fim de identificar os usuários (visitantes).

 

Quando uma página é carregada, o código JavaScript coleta informações sobre o próprio website, como o endereço eletrônico (URL) da página que está sendo acessada, assim como o idioma definido no browser, o nome do browser (Firefox, Chrome, Safari, Opera, Internet Explorer etc), o tipo de equipamento eletrônico utilizado para acessar o website (desktop, mobile, tablet etc) e o sistema operacional (Windows, Marchintosh, iOS, Linux, Android etc) que foi utilizado para acessar o browser. Todas essas informações são reúnidas e enviadas aos servidores do Google sob a forma de pageview hit (um hit em forma de pageview).

 

Pageview hit no Google Analytics
Fig. 04 – Pageview hit no Google Analytics

Esse processo é repetido toda vez que uma página é carregada no seu website.